SERRA SEM OLIMPÍADAS: O futuro em questão
Caxias do Sul traz o
questionamento ao poder público, aos candidatos à prefeitura de Caxias do Sul e
também a quem, de alguma forma, ajuda a manter acesa a chama do esporte na
cidade. O debate rende questões interessantes sobre a necessidade de maior apoio
e investimento no setor e também ressalta a importância da prática esportiva na
sociedade.
Afinal, quais foram as causas da decadência do esporte caxiense? As respostas são diversas. Sem buscar um único culpado, a ideia desta série de matérias foi buscar um caminho, uma solução para o problema. Ou simplesmente alertar para o quanto o descaso com o assunto pode prejudicar o futuro de muitos jovens.
Para o atual secretário de Esporte e Lazer de Caxias do Sul, o ex-jogador José Luiz Plein, o poder público não deve financiar as modalidades de alto rendimento, mas possibilitar que parcerias sejam criadas para que ocorra o desenvolvimento na área. A prioridade da pasta neste momento é a questão social do esporte.
– Em anos anteriores existiam empresas que financiavam as equipes. Às vezes em uma cidade menor é mais fácil, mas pela demanda de Caxias do Sul não conseguimos atender a todas as necessidades e priorizamos outros setores como o saneamento, por exemplo. Não conseguimos nem fazer o ginásio municipal de esportes, que é uma das principais lamentações do prefeito Sartori. Acredito que o poder público não pode investir diretamente. A secretaria atualmente privilegia a situação social. O caminho me parece a Lei de Incentivo ao Esporte, que permite às empresas transferirem os valores direto ao esporte e não ao governo – comenta Plein.
A posição da UCS – A lei federal, que ainda é tratada com certo receio após recentes escândalos envolvendo o Ministério do Esporte, também é citada pelo professor Ubirajara Klamos Maciel, coordenador do programa UCS Olimpíadas. A instituição é relacionada como uma das principais responsáveis pela queda do esporte na cidade. Porém, ele garante que a UCS não tem condições de manter sozinha o esporte de alto rendimento e espera que o poder público seja o eixo condutor de um novo processo.
– A Universidade é uma das parceiras do esporte. Porém, temos também a pesquisa e a extensão. O município e as empresas precisam trabalhar em conjunto. Dentro das nossas limitações fizemos a nossa parte na questão de formação. Com grandes parcerias é viável pensar em esporte de alto rendimento no futuro – destaca o professor.
Ubirajara garante que a UCS está de portas abertas para um novo projeto, caso haja apoio de empresas.
– Uma região rica como a nossa investe muito pouco no esporte – destaca, ao lembrar que a instituição permanece ajudando o handebol feminino, o Cidef e as categorias de base de outras modalidades.
Falta investimento. Falta vontade de mudar e evoluir. É esperar que nos próximos anos o cenário se altere e Caxias do Sul volte a ser referência no esporte gaúcho, reencontrando o gosto pela sua prática.
Afinal, quais foram as causas da decadência do esporte caxiense? As respostas são diversas. Sem buscar um único culpado, a ideia desta série de matérias foi buscar um caminho, uma solução para o problema. Ou simplesmente alertar para o quanto o descaso com o assunto pode prejudicar o futuro de muitos jovens.
Para o atual secretário de Esporte e Lazer de Caxias do Sul, o ex-jogador José Luiz Plein, o poder público não deve financiar as modalidades de alto rendimento, mas possibilitar que parcerias sejam criadas para que ocorra o desenvolvimento na área. A prioridade da pasta neste momento é a questão social do esporte.
– Em anos anteriores existiam empresas que financiavam as equipes. Às vezes em uma cidade menor é mais fácil, mas pela demanda de Caxias do Sul não conseguimos atender a todas as necessidades e priorizamos outros setores como o saneamento, por exemplo. Não conseguimos nem fazer o ginásio municipal de esportes, que é uma das principais lamentações do prefeito Sartori. Acredito que o poder público não pode investir diretamente. A secretaria atualmente privilegia a situação social. O caminho me parece a Lei de Incentivo ao Esporte, que permite às empresas transferirem os valores direto ao esporte e não ao governo – comenta Plein.
A posição da UCS – A lei federal, que ainda é tratada com certo receio após recentes escândalos envolvendo o Ministério do Esporte, também é citada pelo professor Ubirajara Klamos Maciel, coordenador do programa UCS Olimpíadas. A instituição é relacionada como uma das principais responsáveis pela queda do esporte na cidade. Porém, ele garante que a UCS não tem condições de manter sozinha o esporte de alto rendimento e espera que o poder público seja o eixo condutor de um novo processo.
– A Universidade é uma das parceiras do esporte. Porém, temos também a pesquisa e a extensão. O município e as empresas precisam trabalhar em conjunto. Dentro das nossas limitações fizemos a nossa parte na questão de formação. Com grandes parcerias é viável pensar em esporte de alto rendimento no futuro – destaca o professor.
Ubirajara garante que a UCS está de portas abertas para um novo projeto, caso haja apoio de empresas.
– Uma região rica como a nossa investe muito pouco no esporte – destaca, ao lembrar que a instituição permanece ajudando o handebol feminino, o Cidef e as categorias de base de outras modalidades.
Falta investimento. Falta vontade de mudar e evoluir. É esperar que nos próximos anos o cenário se altere e Caxias do Sul volte a ser referência no esporte gaúcho, reencontrando o gosto pela sua prática.
(FONTE: Jornal Pioneiro / Maurício Reolon)
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