Canoagem: Além dos limites
Caxias do Sul – A palestra do paulista Fernando Fernandes no fechamento do primeiro semestre do projeto Remadas Solidárias, sábado à tarde, no Sesi, foi uma amostra de superação e otimismo diante das adversidades. Falando para cerca de 300 pessoas, entre alunos do projeto, atletas da Associação Caxiense de Canoagem (Accan) e público em geral, ele contou sua trajetória, que sempre foi ligada ao esporte, mas teve também atuação como modelo, participação no Big Brother Brasil de 2002 e, hoje, se estende ao programa Esporte Espetacular, da Rede Globo.
Mas, entre todas as atividades, a que Fernandes coloca em primeiro lugar é a canoagem. Nela, reencontrou a liberdade total depois do acidente de carro que, há três anos, tirou o movimento das pernas. Mas, como disse ao atento público, jamais desistiu. Pelo contrário, durante o processo de recuperação, num hospital em Brasília, viu casos piores.
– Pensei: quem sou eu para me acovardar num momento como este, vendo pessoas com problemas tão grandes, que faziam um esforço para movimentar um braço e lutando pela vida? – relatou.
Cerca de seis meses depois do acidente, Fernandes superou um dos primeiros grandes desafios a que se propôs: participou da Corrida de São Silvestre, em São Paulo, no último dia de 2009. Foi numa cadeira de rodas emprestada, muito menor que a ideal para seu 1m90cm de altura, usando esparadrapos como luvas e, até, com pneu furado no final.
Nessas condições, Fernandes largou na frente e foi muito bem até a descida, quando começou a sentir dificuldades. Assim, cruzou a linha de chegada em último lugar, depois de um esforço gigantesco, mas não evitou a choradeira dos pais e amigos, emocionados com a atuação.
– O último lugar foi o ouro para mim – revelou.
Enquanto se preparava para essa corrida, Fernandes, que havia sido jogador de futebol e lutava boxe, entre outras atividades, começou a se interessar pela canoagem. Nesse esporte, ele se tornou um pioneiro, pois não havia a informação de nenhum atleta com dano na medula desenvolvendo a prática. E, pouco depois de um ano do acidente, conquistou o primeiro ouro de um brasileiro na modalidade, na Polônia.
Mas, entre todas as atividades, a que Fernandes coloca em primeiro lugar é a canoagem. Nela, reencontrou a liberdade total depois do acidente de carro que, há três anos, tirou o movimento das pernas. Mas, como disse ao atento público, jamais desistiu. Pelo contrário, durante o processo de recuperação, num hospital em Brasília, viu casos piores.
– Pensei: quem sou eu para me acovardar num momento como este, vendo pessoas com problemas tão grandes, que faziam um esforço para movimentar um braço e lutando pela vida? – relatou.
Cerca de seis meses depois do acidente, Fernandes superou um dos primeiros grandes desafios a que se propôs: participou da Corrida de São Silvestre, em São Paulo, no último dia de 2009. Foi numa cadeira de rodas emprestada, muito menor que a ideal para seu 1m90cm de altura, usando esparadrapos como luvas e, até, com pneu furado no final.
Nessas condições, Fernandes largou na frente e foi muito bem até a descida, quando começou a sentir dificuldades. Assim, cruzou a linha de chegada em último lugar, depois de um esforço gigantesco, mas não evitou a choradeira dos pais e amigos, emocionados com a atuação.
– O último lugar foi o ouro para mim – revelou.
Enquanto se preparava para essa corrida, Fernandes, que havia sido jogador de futebol e lutava boxe, entre outras atividades, começou a se interessar pela canoagem. Nesse esporte, ele se tornou um pioneiro, pois não havia a informação de nenhum atleta com dano na medula desenvolvendo a prática. E, pouco depois de um ano do acidente, conquistou o primeiro ouro de um brasileiro na modalidade, na Polônia.
No Esporte Espetacular, Fernandes participa do quadro Desafio sem Limites, no qual, dentro de suas condições, procura desenvolver outras modalidades. Numa prova de que, para ele, nenhuma barreira é intransponível. Mais informações em www.fernandofernandeslife.com.
Foto: Daniela Xu
A importância do esporte está na saúde, qualidade de vida, disciplina e foco. Ele nos ensina a perder e a ganhar. |
Quem me trouxe até aqui foi o esporte. Lá atrás me mostrou que, perdendo ou ganhando, você tem que treinar no dia seguinte. Com chuva, frio, sol... |
Aprendi no boxe que, quando se está apanhando, é preciso ver de onde vêm os golpes para reagir. Na vida é assim. |
Quando você pratica esporte, seu limite é muito maior do que pensa. |
Eu sou capaz de fazer o que quiser, numa cadeira de rodas ou não. O mundo pode falar que não, mas você pode usar isso como motivação. |
É preciso valorizar a eficiência das pessoas, e não as deficiências. |
0 comentários:
Speak up your mind
Tell us what you're thinking... !