Gelson: Um bico marcado na história
Caxias do Sul – A noite de 25 de abril de 1986 ficará eternizada na memória do então ala da equipe de futsal da Enxuta Gelson Scola, hoje com 50 anos. E mais, ficará eternizada em bronze, em uma placa afixada ao lado da escada que leva ao setor de honra do Ginásio Enxutão.
Ela registra o primeiro gol marcado no local, e numa jornada de gala. Na oportunidade, a Enxuta inaugurava o ginásio, e fazia uma espécie de apresentação do time profissional, com craques do salonismo nacional. E começou apavorando o Rio Grande, com a goleada de 9 a 1 sobre o Inter, muito respeitado na época.
– Foi lá pelos cinco minutos de jogo. A gente estava atacando pelo lado direito, para os fundos do ginásio, e chutei com o pé direito, de bico. O Eugênio (goleiro do Inter) não conseguiu pegar – lembra Gelson.
O ano desse histórico lance foi também marcante para o futsal local: a Enxuta trouxe para Caxias do Sul o primeiro título estadual. Foi na vitória de 3 a 2 sobre o Grêmio, de Barata. Gelson, que era o capitão do time, fez o primeiro gol, e Babau, os outros dois.
A presença nesse time e em jogos tão importantes foi o ápice da trajetória do garoto que começou a jogar com um grupo de amigos do bairro Rio Branco, perto de uma padaria, o que motivou a adoção do nome Cegapa. Ele atuou muitas vezes no velho Ginásio Pedro Carneiro Pereira, na fase pré-Enxuta, que considera um marco no salonismo de Caxias e Estado. Hoje, a situação é diferente.
– Caxias continua formando muitos bons jogadores, pois tem ótimas escolas de futsal. O problema é que não formou novos dirigentes. Assim, não há mais times para quem tem mais de 17 anos.
Gelson aponta a razão dos bons momentos do futsal caxiense:
– As grandes equipes tiveram pessoas que bancaram. Se não fosse o seu Paulo (Triches, que formou a Enxuta), o futsal gaúcho não seria o que é hoje. Mas o esporte não deve depender de alguns nomes apenas.
Enquanto jogava na Enxuta (de 1986 a 1988, depois em 89 e 92), por ser atleta da “casa”, Gelson nunca esteve entre os melhor pagos. Assim, tratou de montar uma pequena estamparia, no porão da casa do pai, quando passou a trabalhar o material esportivo de equipes.
Em 2002, começou a produzir as peças, ainda com forte vinculação esportiva. Assim, surgiu a Mar Um Sports, que o mantém hoje. O futsal é praticado apenas por brincadeira, nas peladas com os amigos. Mas ele sonha com a volta do esporte em alto nível na cidade.
elizeu.evangelista@pioneiro.com
ELIZEU EVANGELISTAEla registra o primeiro gol marcado no local, e numa jornada de gala. Na oportunidade, a Enxuta inaugurava o ginásio, e fazia uma espécie de apresentação do time profissional, com craques do salonismo nacional. E começou apavorando o Rio Grande, com a goleada de 9 a 1 sobre o Inter, muito respeitado na época.
– Foi lá pelos cinco minutos de jogo. A gente estava atacando pelo lado direito, para os fundos do ginásio, e chutei com o pé direito, de bico. O Eugênio (goleiro do Inter) não conseguiu pegar – lembra Gelson.
O ano desse histórico lance foi também marcante para o futsal local: a Enxuta trouxe para Caxias do Sul o primeiro título estadual. Foi na vitória de 3 a 2 sobre o Grêmio, de Barata. Gelson, que era o capitão do time, fez o primeiro gol, e Babau, os outros dois.
A presença nesse time e em jogos tão importantes foi o ápice da trajetória do garoto que começou a jogar com um grupo de amigos do bairro Rio Branco, perto de uma padaria, o que motivou a adoção do nome Cegapa. Ele atuou muitas vezes no velho Ginásio Pedro Carneiro Pereira, na fase pré-Enxuta, que considera um marco no salonismo de Caxias e Estado. Hoje, a situação é diferente.
– Caxias continua formando muitos bons jogadores, pois tem ótimas escolas de futsal. O problema é que não formou novos dirigentes. Assim, não há mais times para quem tem mais de 17 anos.
Gelson aponta a razão dos bons momentos do futsal caxiense:
– As grandes equipes tiveram pessoas que bancaram. Se não fosse o seu Paulo (Triches, que formou a Enxuta), o futsal gaúcho não seria o que é hoje. Mas o esporte não deve depender de alguns nomes apenas.
Enquanto jogava na Enxuta (de 1986 a 1988, depois em 89 e 92), por ser atleta da “casa”, Gelson nunca esteve entre os melhor pagos. Assim, tratou de montar uma pequena estamparia, no porão da casa do pai, quando passou a trabalhar o material esportivo de equipes.
Em 2002, começou a produzir as peças, ainda com forte vinculação esportiva. Assim, surgiu a Mar Um Sports, que o mantém hoje. O futsal é praticado apenas por brincadeira, nas peladas com os amigos. Mas ele sonha com a volta do esporte em alto nível na cidade.
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