O handebol da APAHAND/UCS/Fátima/Caxias está na mesma situação de outras equipes que buscam o apoio pelas leis de incentivo ao esporte. Tendo seu orçamento reduzido ano após ano, devido a falta de apoio das empresas, os resultados também estão em decadência. Depois de 3 anos chegando as semi-finais da Liga Nacional, em 2012 conformou-se com a quinta colocação. Para 2013 o projeto via Lei de Incentivo Federal foi aprovado e captado aproximadamente 60%. Significa que as atividades não acabarão, mas com os valores obtidos acredita-se que seja o menor investimento das 12 equipes que pretendem participar da Liga Nacional de Handebol 2013. O projeto ainda pode ser ampliado financeiramente, só depende do apoio da comunidade e da iniciativa privda. Além dos parceiros via Lei de Incentivo, a equipe adulta e as categorias de base estão abertas a outros patrocínios. Em 2012, o Fátima Saúde, UCS e a Asics foram parceiros sem vínculo com a Lei de Incentivo. A equipe também buscará o apoio do Fundel. Para 2013 a expectativa é que permaneçam. Mesmo assim, o objetivo para esta temporada é manter ou melhorar a posição da última Liga.
Sabendo que será um ano difícil, a direção acredita que poderá ser promissor para 2014 e para o esporte em geral. A Rede Globo abraçou o handebol, colocando-o neste ano no mesmo patamar de exposição do NBB e da Super Liga de Vôlei com chamadas no Globo Esporte nacional e com jogos ao vivo e vt pelos canais Sportv. A expectativa é que, com este apoio juntamente com a escolha da atleta brasileira Alexandra como melhor jogadora do mundo e a possibilidade de medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o handebol seja mais amparado pela iniciativa privada, possibilitando o aumento da prática por crianças e adolescentes nos clubes (na escola já é um dos três esportes mais praticados no Brasil).
O início da Liga Nacional de Handebol ainda não está definida e a reapresentação do time caxiense deve acontecer em fevereiro, iniciando os testes e trabalhos físicos com o Preparador físico Rafael dos Santos (Brasa). O comando da equipe permanecerá igual a temporada passada. Quanto ao grupo de atletas, Caxias do Sul ainda está contratando e buscando opções para todas as posições.
Presidente da CBHb fala sobre o desenvolvimento do handebol em 2013
Embalada pelo bom momento da modalidade nos últimos anos, a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) projeta para 2013 um ano de muito crescimento. Segundo o presidente Manuel Luis de Oliveira, o ano deve marcar o início de uma série de ações que visam colocar o handebol na lista de candidatos à medalhas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
A primeira delas é a injeção de verba pública na Liga Nacional, o principal campeonato da modalidade no Brasil. Nos últimos anos, a falta de investimento fez o torneio simplesmente esvaziar. Em 2011 e 2012, apenas sete participantes entraram em quadra tanto na versão masculina como na feminina.
"Por conta de uma maior visibilidade que o handebol brasileiro veio a ter, com a realização do Mundial feminino aqui, no ano passado, mais a participação das meninas no Mundial (5º lugar, o melhor da história do Brasil no esporte), e nos Jogos Olímpicos de Londres, fez com que a mídia e as autoridades vissem a modalidade com grande potencial de resultados", comemora o dirigente.
Neste processo, Oliveira destaca o apoio do Ministério do Esporte. "O ministro (do Esporte, Aldo Rebelo) se comprometeu a ajudar no fortalecimento da Liga", revela. E a primeira força de Rebelo já veio, com a inclusão do handebol no programa "Plano de Medalhas", criado pelo Ministério do Esporte. "É um apoio importante, passa por apoios efetivos econômicos, com recursos vindos da Lei de Incentivo ao Esporte e através de convênios", adianta o presidente da CBHb. O anúncio da inclusão do handebol no programa será feito nos próximos dias.
Esta parceria já deverá permitir a entidade colocar em prática o plano de fortalecimento da Liga Nacional. "Nossa ideia é ampliar para 12 as equipes participantes. Também queremos dar um apoio mais efetivo para os clubes com deslocamentos, hospedagem e alimentação, além do pagamento das taxas de arbitragem. Este convênio significa uma ajuda muito grande para os clubes", ressalta.
Segundo estudo feito pela CBHb, o investimento na Liga Nacional (masculina e feminina), para 2013, gira em torno de R$ 3 milhões. Além do apoio da União, através das leis de incentivo ao esporte, a entidade já conta com o patrocínio de duas estatais, os Correios e o Banco do Brasil, ambos para as seleções.
Outra grande novidade que deve dar ainda mais visibilidade ao handebol nacional é a transmissão dos torneios nacionais. "Fechamos contrato com a Rede Globo até 2020, com o campeonato sendo transmitido pelo SporTV. Existe todo um processo que está sendo montado para que o esporte tenha a maior possibilidade de divulgação possível", anunciou Oliveira. A previsão é de que a Liga Nacional comece no final de março e prossiga até agosto.
O ano que vem também marca a inauguração do Centro Nacional de Desenvolvimento do Handebol. A sede está em fase final de construção em São Bernardo do Campo (SP). "É uma parceria do Ministério, Prefeitura de São Bernardo e a Confederação que significa uma possibilidade grande de desenvolvimento profissional", destaca.
(Entrevista - Fonte Folha Web / Rafael Souza)
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