FIM DO BANHO GELADO PARA ATLETAS
Pesquisa caxiense mostra ineficácia de Crioterapia
Recentemente um estudo que tratou dos efeitos da Crioterapia em Jogadores de Futebol de Campo encontrou resultados que podem mudar a opinião de muitos preparadores físicos que ainda utilizam desse processo para acelerar o processo de recuperação pós-treinamentos ou jogos de sua equipe. Bastante difundido no meio esportivo, a imersão em água gelada (1°C a 15°C) por algum tempo, se tornou parte quase obrigatória no dia a dia dos jogadores de futebol. Embora sua efetividade com fim recuperativo para a musculatura pós-exercício ainda necessita de evidencias cientificas, vários estudos tentam avaliar os efeitos dessa prática sobre vários marcadores sanguíneos. Com isso, a idéia dos preparadores físicos que os jogadores após treinos intensos, tenham que serem submetidos ao famoso “banho gelado” possa ser direcionada a outros métodos de recuperação mais viáveis e eficazes.
O estudo foi direcionado aos efeitos da Crioterapia de imersão sobre a remoção do lactato sanguíneo após exercício, o “lactato” até pouco tempo era conhecido com o vilão dos jogadores de futebol, muito se falava que o aumento de sua concentração era o principal fator de fadiga muscular durante os esforços. Daí a primeira resposta quando o jogador se sentia fadigado, com as “pernas queimando” era o Ácido Lático. Hoje já esta bem aceito que o lactato é benéfico, pois ajuda a não acidificação da musculatura. Com o objetivo de verificar os efeitos da crioterapia de imersão sobre as concentrações de lactato sanguíneos após esforços de alta intensidade, jogadores de futebol com idade entre 15 e 17 anos da cidade de Caxias do Sul após serem divididos em 2 grupos (GE e GC) foram submetidos a esforços submáximos de 30 segundos em 3 sessões. Após 3 minutos dos esforços a concentração de lactato foi verificada e após 5 minutos O GE passou pelo processo de recuperação (crioterapia de imersão) por 10 minutos, enquanto que o GC permaneceu por 10 minutos deitados em uma maca. Ao termino dos 10 minutos foram verificadas as concentrações de lactato após 15 e 25 minutos para ambos os grupos, com o propósito de observar o comportamento de cada grupo.
Os resultados encontraram que o procedimento de crioterapia de imersão em relação ao processo de recuperação passiva (sem imersão) mostrou-se menos eficiente para remoção do lactato sanguíneo após exercícios intensos.
fisiologistas.wordpress.com
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