Maratona de Porto Alegre: Dupla vitória queniana no frio gaúcho
Porto Alegre – Quase duas horas após vencerem a 30ª edição da Maratona de Internacional de Porto Alegre, os quenianos estavam se contorcendo no frio de 16ºC, recolhidos em um canto à espera do pódio. Tremiam dentro dos abrigos, socorriam-se com um casaco emprestado e tinham a expressão de quem estava incomodado com a temperatura, embora mantivesse a fleuma.
Kiprop Mutai (foto, centro), 27 anos, apareceu em primeiro na linha de chegada na Avenida Diário de Notícias. Venceu pelo segundo ano consecutivo, agora com tempo de 2h16min27s – e a compatriota Ednah Mukhwana fechou a corrida em 2h32min47s. Recorde, apenas Ednah conseguiu baixar em muito o melhor tempo feminino da prova, que era de 2h34min18s.
– O percurso é muito bom, dá para manter regularidade – foi lacônico Kiprop, quase rangendo os dentes.
Não foi tão fácil. Por estratégia de competição, o outro queniano, Joseph Kachapin Aperumoi, seria o coelho. Joseph e Kiprop andariam juntos até o quilômetro 21. Depois, Joseph deixaria Kiprop arrancar sozinho até o final. Mas ocorreu um imprevisto. Na noite de sábado, Joseph decidiu que concorreria com o colega e andou forte para isso. De tanto apressar o ritmo, sentiu uma lesão no quadril por volta do quilômetro 10. Teve de reduzir o passo, praticamente abdicando da prova e deixando Kiprop sozinho na frente desde muito cedo. E isso não é bom para quem deseja vencer.
Kiprop veio a Porto Alegre com o propósito de bater recorde em maratonas disputadas no Brasil. Preparou-se para quebrar a marca de 2h11min19s, mas o fato de correr tanto tempo na frente o prejudicou.
– Quem sai na dianteira é acossado, tem de manter ritmo desde cedo, não pode balançar, a corrida fica mais pesada – explicou Vanderlei Cordeiro de Lima, o maratonista que foi bronze na Olimpíada de Atenas e esteve em Porto Alegre a convite da patrocinadora do evento.
Em consequência da trapalhada de Joseph, Kiprop deixou de firmar o recorde no Brasil. Não embolsou o prêmio de R$ 50 mil destinado a quem baixasse o tempo nacional. E Joseph foi parar no Hospital de Pronto Socorro. Abriu caminho para o paranaense Marcos Alexandre Elias chegar em segundo. Aos 32 anos, Marcos foi o melhor brasileiro nas maratonas de São Paulo e do Rio, campeão no Uruguai e terceiro lugar em Buenos Aires.
No feminino não houve atropelos. A queniana Jacklyne Chemweik Rionoripo cumpriu o papel de coelho e abriu a corrida para Ednah Mukhwana, 28. Fora da pista, elas se revezaram no casaco tomado emprestado até pouco antes das 12h. A temperatura passava dos 18ºC.
Kiprop Mutai (foto, centro), 27 anos, apareceu em primeiro na linha de chegada na Avenida Diário de Notícias. Venceu pelo segundo ano consecutivo, agora com tempo de 2h16min27s – e a compatriota Ednah Mukhwana fechou a corrida em 2h32min47s. Recorde, apenas Ednah conseguiu baixar em muito o melhor tempo feminino da prova, que era de 2h34min18s.
– O percurso é muito bom, dá para manter regularidade – foi lacônico Kiprop, quase rangendo os dentes.
Não foi tão fácil. Por estratégia de competição, o outro queniano, Joseph Kachapin Aperumoi, seria o coelho. Joseph e Kiprop andariam juntos até o quilômetro 21. Depois, Joseph deixaria Kiprop arrancar sozinho até o final. Mas ocorreu um imprevisto. Na noite de sábado, Joseph decidiu que concorreria com o colega e andou forte para isso. De tanto apressar o ritmo, sentiu uma lesão no quadril por volta do quilômetro 10. Teve de reduzir o passo, praticamente abdicando da prova e deixando Kiprop sozinho na frente desde muito cedo. E isso não é bom para quem deseja vencer.
Kiprop veio a Porto Alegre com o propósito de bater recorde em maratonas disputadas no Brasil. Preparou-se para quebrar a marca de 2h11min19s, mas o fato de correr tanto tempo na frente o prejudicou.
– Quem sai na dianteira é acossado, tem de manter ritmo desde cedo, não pode balançar, a corrida fica mais pesada – explicou Vanderlei Cordeiro de Lima, o maratonista que foi bronze na Olimpíada de Atenas e esteve em Porto Alegre a convite da patrocinadora do evento.
Em consequência da trapalhada de Joseph, Kiprop deixou de firmar o recorde no Brasil. Não embolsou o prêmio de R$ 50 mil destinado a quem baixasse o tempo nacional. E Joseph foi parar no Hospital de Pronto Socorro. Abriu caminho para o paranaense Marcos Alexandre Elias chegar em segundo. Aos 32 anos, Marcos foi o melhor brasileiro nas maratonas de São Paulo e do Rio, campeão no Uruguai e terceiro lugar em Buenos Aires.
No feminino não houve atropelos. A queniana Jacklyne Chemweik Rionoripo cumpriu o papel de coelho e abriu a corrida para Ednah Mukhwana, 28. Fora da pista, elas se revezaram no casaco tomado emprestado até pouco antes das 12h. A temperatura passava dos 18ºC.
Rápido |
Entre os cadeirantes, o vencedor foi Jaciel Antônio Paulino, com o tempo de 1h52min50s. |
Maratona masculina |
1º) Kiprop Mutai |
2º) Marcos Alexandre Elias |
3º) Eliezer de Jesus Santos |
4º) Fredison Carneiro da Costa |
5º) Fabio Mota Paiva |
Maratona feminina |
1º) Ednah Mukhwana |
2º) Jacklyne Chemwek Rionoripo |
3º) Graciete Carneiro Santana |
4º) Conceição Carvalho Oliveira |
5º) Maria Bernadete Cabral |
Rústica masculina |
1º) Maicon Mancuso |
2º) Jurandir Pinto de Jesus |
3º) Leandro Pinto Vieira |
4º) Alex Oires da Silva |
5º) Gabriel Picarelli |
Rústica feminina |
1º) Janete Tedesco |
2º) Suelen Spadari |
3º) Elizabeth Esteves de Souza |
4º) Paula Aparecida Ody |
5º) Silvana Gonçalves |
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