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Treinador dos EUA vem ensinar o Juventude Gladiators

terça-feira, 4 de março de 2014

Treinador dos EUA vem ensinar o Juventude Gladiators

Brett Morgan quer ajudar a desenvolver o esporte no clube caxiense

Treinador dos EUA vem ensinar o Juventude Gladiators Roni Rigon/Agencia RBS
Morgan tem experiência dentro e fora de campo, como atleta, técnico e dirigenteFoto: Roni Rigon / Agencia RBS
A jornada está apenas começando. O clichê que estampa a capa do site do Juventude Gladiators define a seriedade com que os aficionados pelo futebol americano encaram o desafio iniciado em 2012 de manter um time competitivo em Caxias do Sul.

No ano passado, a parceria entre o Gladiators e o Juventude mostrou que os adeptos da bola oval não estavam brincando. E na última semana, quando o treinador norte-americano Brett Morgan desembarcou na cidade para comandar o time, os gladiadores subiram outro degrau.

Aos 30 anos, Brett Morgan tem passagens pela comissão técnica de diversas equipes e ligas norte-americanas. Recebeu do Gladiators a primeira oportunidade como treinador principal de uma equipe. E diz ter aceitado o desafio pelo prazer de ensinar e difundir o esporte preferido:

— Recebi o convite com muito interesse. Confesso que não sabia haver futebol americano no Brasil, então tive que pesquisar um pouco. Porém, o que me atraiu foi, ao conversar com o Eduardo (Ferreira, presidente), conhecer sua visão e paixão pelo jogo. Achei que seria fantástico ter a oportunidade de ensinar algo a estes caras que estão famintos por conhecer mais sobre o esporte.

Brett é natural de Jacksonville, na Flórida, mas atuou por último em Calgary, no Canadá, como auxiliar técnico em uma equipe da liga principal do país — a segunda maior do mundo. A aproximação entre ele e a direção deu-se através de um agente brasileiro que atua em São Paulo, procurado pelos caxienses em outubro passado.

Com a rápida expansão do esporte, o Brasil tornou-se uma rota atraente para treinadores e atletas ianques. Eduardo Ferreira, o presidente, comenta ter percebido a necessidade de importar o treinador.

— Logo nos primeiros jogos, percebi que nos faltava conhecimento técnico e tático sobre o jogo. Embora estivéssemos evoluindo, trazer alguém dos Estados Unidos seria uma forma de acelerar o processo. Poderia ter sido um jogador, mas achamos que um treinador teria mais a ensinar neste momento. Para o futuro, talvez ainda este ano, queremos importar atletas também.

A temporada para o Gladiators inicia em abril e segue até outubro, quando se encerra o contrato do treinador. No entanto, nenhuma das partes descarta prolongar o vínculo, se as coisas funcionarem.

Brett, que nos próximos dias irá começar a frequentar aulas de português na UCS, está otimista para a empreitada:

— Estou com muita expectativa para começar a preparar essa equipe, vê-la evoluir semana a semana. Sei que o trabalho é árduo, em algum momento certas coisas precisarão ser reensinadas, mas estou certo de que iremos ter sucesso.

Graduado em Jornalismo na University of North Florida, Brett atuou como quarterback na sua escola em Jacksonville e construiu a maior parte da carreira como treinador de ataque, defesa e times especiais em equipes de escolas de Ensino Médio da Flórida. Também coordenou uma academia de formação de jogadores chamada 904 Elite. Por último, trabalhou como treinador assistente do Calgary Stampeders, equipe da liga canadense.

Grupo reforçado

O grupo do Juventude Gladiators para o torneio Touchdown, principal competição de futebol americano no Brasil, recebeu reforço considerável neste início de ano. São cerca de 30 novos nomes, pinçados entre os 79 que participaram da última seletiva do clube. Ao todo, o grupo conta com 80 atletas – número que tende a diminuir ao longo do ano, devido a ocorrência frequente de lesões.

Na última temporada, por exemplo, o grupo começou com 60 e terminou com pouco mais de 40 atletas. O ex-jogador Tiago Dallegrave dividirá a função de técnico principal (head coach) com Brett Morgan.

O atleta da linha defensiva do Gladiators Fabio Carra, 22 anos, vibrou com a chegada do novo treinador:

– Era o que faltava para nós. Somos um time muito novo e por isso temos uma defasagem em relação a outras equipes do Brasil. A chegada de um técnico americano pode fazer recuperarmos esse atraso.
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